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terça-feira, 20 de novembro de 2012


nov 19, 2012

Policiais militares do Sertão participam de capacitação

Trinta policiais da 7ª e 2ª Companhia Independente da Polícia Militar, que têm sede respectivamente em Santa Maria da Boa Vista e Cabrobó, no Sertão de Pernambuco, estão sendo capacitados para atuar como agentes de fiscalização do trânsito. O curso é disponibilizado pelo DETRAN, Sest Senat e Polícia Militar.
A proposta é possibilitar uma maior fiscalização no trânsito das cidades interioranas, priorizando sobre tudo, as ações educativas, voltadas para a conscientização sobre a responsabilidade de condutores e pedestres na redução de acidentes e vítimas de imprudência no trânsito.  As informações são da 7ª CIPM.
O Instituto de Recursos Humanos (IRH), órgão ligado ao Governo do Estado de Pernambuco, abriu seleção para médicos que desejam trabalhar fazendo perícia nos municípios da Zona da Mata, Agreste e Sertão. O objetivo é credenciar pessoas físicas e jurídicas para a prestação de serviços médico-periciais a serem realizados em servidores públicos no interior, referentes a licenças para tratamento da saúde do próprio servidor, licenças por motivo de doença em familiar e licença maternidade.
“A descentralização das Perícias Médicas é um ato de fundamental relevância para todos os servidores públicos do Estado. Com o credenciamento de novos médicos peritos, vamos reforçar o atendimento que temos hoje, permitindo que o servidor possa se submeter a exames nos locais mais próximos de sua residência, sem necessidade de se deslocar para a capital”, comenta o diretor presidente do Instituto de Recursos Humanos, Manoel Carneiro.
O edital da seleção está disponível no site do IRH, veja aqui. Os interessados devem entregar os envelopes com a documentação listada no edital até do dia 31 de dezembro na sede do IRH, na Rua Henrique Dias, Derby, no Recife. Segundo o IRH, a falta de quaisquer documentos será considerada ponto de corte no processo de credenciamento. Será exigida, ainda, comprovação de aptidão para o desempenho das atividades e no caso do credenciamento de pessoa jurídica, a empresa deve indicar, nominalmente, os médicos que exercerão as atividades periciais.

Pai e filho são esfaqueados dentro da própria casa em Santa Maria da Boa Vista

Um agricultor morreu e outro ficou ferido após terem sido esfaqueados dentro da própria casa na cidade de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco. As vítimas eram pai e filho. Os crimes aconteceram nesse domingo (18).
De acordo com a polícia, Aparecido Lopes Xavier, 51 anos e Leonardo da Silva Xavier, 19, foram esfaqueados após o acusado Lourival Carvalho, idade não informada, invadir a casa das vítimas e iniciar uma discussão. Ainda de acordo com a polícia, Lourival estaria com raiva porque Leonardo teria furtado alguns pertences dele e ele teria ido até a residência da vítima para tirar satisfação. Aparecido, que foi atingido no abdômen  e no peito, morreu no local. Leonardo, que foi esfaqueado no abdômen, foi levado para o hospital da cidade e em seguida transferido para um hospital em Petrolina, também no Sertão, e passa bem.
Após os crimes Lourival fugiu. A polícia de Santa Maria da Boa Vista continua realizando buscas nesta segunda-feira (19) para prender o acusado.

Sem água e sem créditos

O celular pequeno, modelo flip, de segunda mão, custou R$ 65. O chip saiu por R$ 10. Foram mais R$ 10 em créditos. Assim, pagando menos de R$ 100, Adriana Brito, 23 anos, moradora do Sítio Jurema, zona rural de Tabira (405 quilômetros de Recife), sentiu-se fazendo parte de um grande grupo mundial, aquele que tinha nas mãos um moderno telefone portátil, espécie de passe mágico que para tantos confirma: eu sou alguém. O sentimento de inclusão durou pouco: gastos os créditos, Adriana não tinha como ligar para ninguém, a não ser a cobrar. Não tinha à mão apenas R$ 10 que garantiriam, ainda que por um curto período, a sua participação naqueles outdoors das operadoras onde as pessoas surgem sempre sorrindo enquanto falam com alguém do outro lado da linha. Mas, para sorrir, Adriana precisava de dinheiro, precisava de créditos. Precisava ainda de outro item, este mais luxoso: água limpa.
Toda família de Adriana – na casa ao lado, geminada, mora sua mãe, Maria Lúcia, 46, mais três pessoas, entre irmãos e esposo – bebe uma água salgada que é trazida por um caminhão-pipa da prefeitura e colocada na cisterna da casa de uma parente, ali perto. Dá para encher dois tambores com a água salobra que é compartilhada ainda com o pequeno Natanael, 6, e os dois bois e cinco cabritos que circulam no curral. “Mas é tão ruim que nem eles querem beber, os inocentes”, comenta Maria, que pena mesmo para lavar roupa, pois “o sal corta todo o sabão”. O alto teor de salinidade, no entanto, não é o pior problema da família da moça que possui um celular quase mudo: várias vezes, Natanael, Maria e Adriana ficam doentes após ingerir o líquido. No final de outubro, a criança deixou de ir à escola por causa de uma forte diarreia.
Há um fogão a gás na casa de Maria e um fogão a lenha na casa de Adriana. É apenas no último que hoje a família pode cozinhar, já que não há gás de cozinha. Há também a possibilidade de ferver a água, usando o fogo a carvão, para evitar a contaminação por bactérias, mas, ali, tal prática não é uma realidade. Adriana e os pais não são escolarizados e a única renda fixa são os R$ 102 mensais do Bolsa Família. O dinheiro que conseguem por fora vem dos sacos de carvão feitos no quintal, custam entre R$ 6 e R$ 9. Quase o preço da quantidade mínima de créditos para abastecer o celular. A família vive, assim, em uma espécie de vácuo mercadológico: não é desejada pelo mercado e não tem nada material a oferecer, muito embora Adriana, com seu telefone de segunda mão, tente fazer parte do universo do consumo. Explica-se: se a ela não foi possível a escolaridade formal, há o acesso contínuo e generoso à pedagogia dos bens materiais que sugerem uma vida mais completa. Essa pedagogia chega diariamente no lar paupérrimo, por exemplo, através da TV presente na sala construída em meio a uma paisagem que lembra o solo lunar.
Para a tristeza daquela família inserida na Classe Seca, a estiagem torna essa inserção no mundo dourado do crédito quase nula: com o pouco dinheiro, além de alimentar a prole, Adriana e os pais precisam dar conta dos animais, que, quando tornam-se muito dispendiosos, são oferecidos à morte através da sede e da fome. O saco de milho custa mais de R$ 50, o saco de torta (ração feita com caroço de algodão, soja) sai por R$ 60. “Só dá pra colocar dois canecos de ração por dia, senão a comida não rende. Agora começamos a pinicar mandacaru, como fazemos com a palma, para render mais”, conta Adriana. Há dois anos não colhem jerimum, milho e feijão, com os quais mantinham-se alimentados. Não há previsão de iniciar uma nova plantação.
Da cerca que limita a área da residência, Adriana observa a estrada lunar à espera de que alguém vá até ali e traga notícias sobre uma água boa. “Na época da eleição eu votei em um homem que disse que ia fazer um poço aqui. Eu lhe digo que votei nele mesmo, para quando fosse a hora da precisão.” Dentro daquele vácuo, sem o básico do básico do básico, ela lamenta não poder mudar a hierarquia de suas necessidades, de suas precisões. No máximo, pode voltar ao Centro de Tabira, olhar o que é exibido nas vitrines. No fim, Adriana, sem crédito no celular e sem água, limita-se hoje apenas a um papel: é espectadora da felicidade alheia, da felicidade vista no sorriso daqueles que aparecem no comercial do celular.
Uma jovem de 19 anos está sendo acusada de infanticídio por ter assassinado seu próprio filho recém-nascido após o parto. A mãe teria arremessado a criança pela janela dentro de um saco plástico e envolto num pedaço de tecido. O caso ocorreu na cidade de Nísia Floresta, região metropolitana de Natal na última quinta-feira (15).
Segundo informações do agente da Delegacia de Nísia Floresta, José Ivalter da Silva, o Boletim de Ocorrência só foi registrado um dia após o fato. “Na sexta-feira (16) tomamos conhecimento do caso, após a vizinha da acusada ter vindo à delegacia denunciá-la”. Ainda segundo o policial civil, a gravidez estava sendo escondida dos pais da jovem, que inclusive já tem outro filho.
“A mãe teve a criança em casa e a enrolou num vestido e depois a arremessou pela janela do quarto. Ela foi encontrada se contorcendo e com muito sangue, e depois levada para Maternidade Januario Cicco, em Natal. Quando estava no hospital, o marido da vizinha que lhe socorreu encontrou a criança morta dentro da sacola”, conta José Ivalter.
Segundo relatos do policial civil a criança não morreu pelo impacto ao tocar no chão, mas por asfixia, devido estar enrolada num pano. Ele disse também que o inquérito policial será aberto para investigar o caso, e que acredita-se na possibilidade da jovem sofrer de problemas psicológicos.
A acusada que ainda não teve seu nome revelado, não foi presa em flagrante por ter passado mais de 24 horas do fato. No momento, ela está internada na Januário Cicco devido a forte hemorragia.
Fonte: Blog Ranilson Clebson

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